segunda-feira, 30 de abril de 2012

Forever Mine - Capitulo 20

Eu estava sozinha em casa, encarando as paredes... Todos tinham um compromisso hoje, meus pais, minhas irmãs... Miley e Selena também estariam trabalhando hoje, cuidando das suas carreiras, eu era a única sem absolutamente nada pra fazer.


Ontem consegui me manter ocupada enquanto gravava meu videoclipe, foi bom, eu não tive tempo pra pensar... Mais hoje era diferente, eu estava livre, e tinha tempo demais... Mais do que eu queria.

Fiquei olhando pro ursinho em cima da minha cama... As duas palavrinhas escritas no coração pareciam saltar, só pra me chamar atenção e fazer meu coração disparar... Assim como a pulseirinha no meu braço parecia pesar uma tonelada. Há algum tempo atrás eu queimara as lembranças que tinha de Joe... Mais não fez diferença alguma... Tudo me lembrava ele.

Os papéis com minhas composições, que na maioria das vezes eram sobre ele, mesmo sem querer...Meu violão, onde ele tocava sempre que vinha aqui, sorrindo pra mim. Nem na minha própria casa eu conseguia fugir dele... Era meio desesperador.

Minha mãe me avisou que ele viera aqui em casa ontem quando eu não estava... Insistiu que eu ligasse pra ele, pois ele tinha algo importante pra me dizer, mais não me contou o que era e no fim das contas eu não liguei... Não queria ouvir a voz dele, ouvir a culpa que ele sentia e fingir que estava tudo bem quando não estava.

Porém uma vontade diferente me invadiu quando vi algo brilhar no canto do quarto... Uma necessidade estranha que eu não sentia há muito tempo e que não me fazia falta, mais que agora era um tanto... Avassaladora. Eu peguei o pequeno objeto... Era minha lâmina, Selena a tinha jogado no chão outro dia e eu me esquecera dela. Agora ela parecia brilhar tanto, me convidando a fazer algo que prometi nunca mais fazer... Bem, eu não seria a primeira a quebrar minhas promessas.




Joe Narrando



Era a segunda noite seguida que eu não dormia... Passei toda a noite me revirando na cama, pensando no que acontecera. Eu tentava procurar uma explicação racional pras coisas idiotas que eu fazia, mais era tão obvio que eu não consegui perceber antes.

Aquela minha estranha necessidade de ter o perdão da Demi, o medo que eu tinha de magoá-la... A felicidade que eu sentia quando estava com ela, como adorava o seu sorriso, como seu abraço me fazia bem... E como eu me perdia olhando nos olhos dela. E também aquilo que eu senti quando a beijei... Passei tanto tempo preocupado com nossa amizade, com o mal que isso podia nos fazer, com o medo de perdê-la que confundi tudo... Confundi a mim, a ela, e a todo mundo em volta.

Mais ontem quando parei pra pensar eu percebi que não tinha outra explicação... Eu a amava. Só o que eu queria agora era poder dizer isso pra ela... Mais como eu ia fazer isso? Como depois de tudo que eu fiz?



_Cara, você ta horrível_ Kevin disse se jogando no sofá do meu lado.

_Obrigado por dizer o óbvio_ revirei os olhos.

_Fala o que foi_ ele pediu_ talvez eu possa ajudar.

_Duvido muito_ suspirei me sentindo incrivelmente cansado.

_Tente_ ele insistiu.

_O que você faria se... De repente você descobrisse que estava totalmente enganado?_ perguntei.

_Enganado sobre o que?_ ele perguntou.

_Sobre tudo_ respondi abaixando a cabeça.

_Agente ta falando da Demi não esta?_ ele disse sorrindo de lado.

_Como se eu conseguisse falar de outra coisa_ bufei me jogando no sofá.

_Porque não para com os enigmas e diz o que houve dessa vez?_ ele ordenou_ foi por causa do beijo não foi? Vocês brigaram de novo é?

_Na verdade não, eu não falei com ela depois disso mais... Acabei percebendo que sou mais idiota que pensava.



_Você vai dizer o que é ou vai ficar me enrolando?_ ele estava meio sem paciência.

_Eu a amo cara_ confessei_ e não estou falando como amigo.

_Que novidade_ ele se encostou no sofá rindo e revirando os olhos como se eu tivesse dito algo extremamente óbvio.



Droga... Será que era tão óbvio assim mesmo? E quando eu achava que não havia um jeito de eu me sentir pior... Lá vinha.



_Porque você não levanta desse sofá e vai lá dizer isso pra ela ao invés de ficar aqui se lamentando pra mim?_ questionou.

_Você acha que é só eu chegar lá e dizer... “Demi eu te amo”, e tudo vai ficar bem?_ perguntei incrédulo.

_É_ ele disse com naturalidade.

_Sério?_ fiz careta.

_Joe... Some da minha frente_ Kevin estava realmente irritado_ ou eu juro que te dou um soco na cara.



Eu sorri pra ele, que sorriu de volta pra mim contente quando me levantei do sofá e passei apressado pela porta... Bem, eu não tinha nada a perder mesmo... O que eu tinha pra estragar, já tinha feito há muito tempo.

Eu dirigi como um verdadeiro louco, pois fiz um percurso de vinte minutos em menos de dez.

Toquei a campainha da casa dela repetidas vezes, mais ninguém atendeu... Até que percebi que a porta estava aberta, então simplesmente entrei, sem paciência pra esperar que alguém me atendesse.

Eu subi as escadas correndo e parei na frente da porta do quarto dela, criando coragem pra entrar e esperando que ela estivesse lá. Abri a porta devagar, sem bater e o quarto estava vazio... Tinha umas roupas jogadas em cima da cama e ouvi um barulho vindo do banheiro.



_Demi?_ eu chamei, minha voz um pouco sufocada pela minha ansiedade.



Não ouvi resposta, mais parecia que ela estava... Chorando.

Corri até o banheiro, abrindo a porta com força... Demi estava encolhida no chão, só de lingerie, segurando uma lâmina na mão e chorando. Eu me abaixei ao lado dela já desesperado e arranquei a lâmina da sua mão.



_Demi o que esta fazendo?_ perguntei, minha voz saiu mais alta do que eu esperava.

_Eu só queria que a dor passasse_ ela disse, era difícil de entender em meio a todo aquele choro_ mais eu não consegui fazer... Eu não consegui.



O alivio veio de imediato quando percebi que ela falava a verdade e não tinha nenhuma marca, fora que a lâmina estava limpa. Eu joguei a lâmina na lixeira, e a peguei no colo a levantando do chão, eu estava aliviado por ela não ter feito aquilo, mais não diminuía minha raiva por saber que a culpa de ela estar assim era minha.

Ela não resistiu, só deixou que eu a carregasse de volta ao quarto e a colocasse na cama... Sentei-me ao seu lado e segurei uma de suas mãos, usando à outra pra limpar suas lágrimas.



_Porque ia fazer isso Demi? O que foi que te deu?_ perguntei nervoso.

_Isso costumava fazer eu me sentir melhor_ ela sussurrou_ mais eu não consegui fazer... Eu prometi que não faria mais.

_Desculpa Demi_ eu pedi_ não queria que fizesse isso por minha culpa... Me perdoa.

_Não é culpa sua... É meu coração que ainda não se conformou com o fato de que você nunca mais vai ser meu.

_Você esta errada_ eu disse sorrindo e acariciando o seu rosto.

Ela me encarou confusa.

_Eu sei que fiz uma confusão imensa com as coisas, eu não conseguia entender meus próprios sentimentos, e queria que você entendesse, mais agora eu sei Demi_ murmurei_ eu negava pra mim mesmo achando que assim ia ser mais fácil... Só que não é.



_Do que você esta falando Joe?_ ela me olhava fixamente, os olhos castanhos estavam vermelhos pelo tanto que ela chorara.

_Estou tentando dizer que te amo Demi_ respondi_ que demorei pra perceber mais que você é a única que eu quero na minha vida. Eu já tive muitas namoradas, mais você é a única que consegue me fazer feliz de verdade. E eu quero que você seja minha, pra sempre.



Ela ficou me olhando assustada, como se não acreditasse no que eu tinha acabado de dizer. Era justo que ela duvidasse de mim.



_Forever Mine lembra?_ eu sorri pra ela_ encontrei o nome pra nossa música.



Ela continuou sem dizer nada, mais também não protestou quando puxei seu rosto pra perto do meu e a beijei.

Eu gostei de como aquilo pareceu certo, pela primeira vez... Estava tudo bem. Ela correspondeu, com carinho como sempre fazia, mais só senti que tudo estava bem quando ela sorriu pra mim em meio as lágrimas, sem separar os lábios dos meus.

Eu não sabia se isso ia dar certo... Só sabia que eu a amava mais que qualquer coisa e queria que ela fosse pra sempre minha.



CONTINUA ....

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